CACÁ DIEGUES
Um dos mais premiados cineastas brasileiros, Carlos Diegues, nasceu na cidade de Maceió, em 19 de maio de 1940. Aos seis anos de idade, seus pais se mudaram para o Rio de Janeiro, cidade onde o menino cresceu, virou jornalista e crítico cinematográfico. Ele foi um dos fundadores do movimento Cinema Novo, tendo rodado seu primeiro longa-metragem profissional, Cinco Vezes Favela, em 1962.
Na época da Ditadura Militar mudou-se para a europa com a esposa, a cantora Nara Leão, e somente retornou ao Brasil no final dos anos 70. Seu primeiro grande sucesso popular foi o filme Xica da Silva, rodado em 1976. No ano de 1984, realizou o épico Quilombo, uma produção internacional comandada pela Gaumont francesa.
Alagoas inspirou algumas de suas obras e foi cenário para produções como Bye Bye Brasil, rodado na cidade de Piranhas, e Deus é Brasileiro, com locações em Penedo e Maragogi. Em sua trajetória cinematográfica assinou a direção de 18 filmes, a maioria selecionada por grandes festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York e Toronto.
Aos 74 anos, Cacá continua trabalhando com cinema, escrevendo e produzindo críticas cinematográficas.
ELINALDO BARROS
Nascido no município de Maceió, em 23 de dezembro de 1947, este professor alagoano sempre se destacou como mestre e amigo conselheiro de seus alunos. Ajudou a formar gerações de estudantes na cidade de Maceió, onde lecionou em escolas de ensino médio e nível superior.
A admiração pelo cinema, cultivada desde a infância, acabaria por se revelar como um novo horizonte criativo. Sua trajetória no circuito audiovisual é rica e atuante. A partir dos anos 60, estreou como crítico, no papel de colunista e colaborador de diversos jornais. Assim, o professor de Educação Artística e Inglês se tornaria autor de diversos livros publicados sobre o tema: Panorama do Cinema Alagoano (1983), Cine Lux: Recordações de um Cinema de Bairro(1987) e Rogato, A Aventura do Sonho das Imagens em Alagoas.
Sempre inquieto e preocupado com as questões de nossa cultura, participou ativamente dos palcos da música e do teatro, encenando e organizando festivais populares. Atualmente, além de dedicar-se à organização das sessões de arte e pesquisar sobre cinema, apresenta um quadro na TV Pajuçara, no qual faz comentários sobre filmes recém-lançados. Para homenageá-lo, a faculdade Cesmac, onde também atuou como professor de Cinema do curso de Jornalismo, criou uma cinemateca e auditório que leva o seu nome.